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Mostrando postagens de março, 2020

Simplicidade: o desafio em meio à crise da pandemia

Com a crise econômica gerada pela pandemia, nossa simplicidade como estilo de vida passa por grandes provações A simplicidade é sem dúvida um ponto importante da conduta de um discípulo de Jesus porque, afinal de contas, era uma das principais características do próprio Jesus -  talvez a mais surpreendente, d iante de sua glória e poder ( 2Co 8.9 ). Em seu livro, John Stott aborda a simplicidade com foco no sentido financeiro, e propõe o conceito como o lifestyle da nossa nova vida em Cristo; este estilo de viver, embora dependa de um compromisso pessoal, é necessariamente de interesse comunitário. Jesus declarou em Mt 6.24 que só podemos ter um Senhor: ou Deus ou o dinheiro. Essa não é uma mensagem para ricos gananciosos, mas para todos, pois a preocupação excessiva com a renda e a despesa de amanhã pode nos governar e tirar de nossos corações a soberania de Deus ( Mt 6.25-33 ). A simplicidade implica depender de Deus e nele confiar, pois o apego às questões materi...

O cuidado com a Criação

Em seu estudo sobre as características de um verdadeiro discípulo, John Stott trata de um assunto muitas vezes negligenciado pelas igrejas: a responsabilidade ambiental individual dos cristãos. Este assunto não pode ser deixado de fora na vida de um discípulo de Cristo, porque desde o princípio do mundo ele está essencialmente ligado a nós, como veremos a seguir. Temos que cuidar da criação porque estamos ligados a ela por Deus Ao criar o mundo, Deus estabeleceu três tipos de relacionamento fundamentais para o homem: primeiro, com o próprio Deus, como seu Criador; segundo, com seus semelhantes, pois fomos criados para a coletividade ( Gn 2.18 ); e, terceiro, com toda a terra e seres por Deus criados ( Gn 1.28-29 ; 2.15 ).  No momento em que o homem pecou, estes três relacionamentos foram distorcidos: Adão desobedeceu a Deus, acusou Eva por seu pecado e, em consequência do pecado, ambos foram amaldiçoados  juntamente com a terra criada  ( Gn 3.12 - 23 ). Porém...

Mate sua fome

Foto de  Bruno Thethe  de  Pexels "Então Jesus declarou: eu sou o Pão da Vida.Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede." (Jo 6.35) Não há sensação mais simples de se reconhecer no corpo humano do que a fome. Uma vez que o alimento é indispensável para a vida, nosso corpo comunica sua falta: o estômago ronca, sentimos fraqueza, incômodo, vazio e até mal-humor. Por vezes, nem precisamos da fome para nos alimentar, mas somente o hábito já nos move a abrir a geladeira de hora em hora buscando por petiscos para "enganar o estômago" - e de grão em grão, a alimentação vai se desordenando até prejudicar a saúde. Assim como o corpo, nosso espírito também sente fome; o problema é que muitas vezes não conseguimos entender seus "sinais" tão facilmente e, por vezes, o saturamos de petiscos gordurosos demais, açucarados demais (até amargos demais!) provenientes das preocupações do trabalho, das ambições da carreira, do exc...