Hoje comemoramos o Dia Internacional da Mulher, data oficializada pela ONU em 1975, mas que tem suas raízes no início do século 20, com as reivindicações de igualdade de direitos das trabalhadoras de fábricas americanas e europeias. Na época, suas condições de trabalho eram, de fato, pior que as dos homens, mas cabe observar que a luta feminina pela igualdade de direitos continua ainda hoje.
O assunto dos direitos femininos está mais presente do que nunca nas mídias. Neste dia, as homenagens ressaltam o valor e a força da mulher, discurso que vem se fortalecendo e sobrepujando velhos estereótipos sociais de sua inferioridade ou limitação física (e até intelectual!) perante os homens.
Mas, erroneamente, há quem considere a Bíblia como uma fonte de tais estereótipos, ou a desclassifique diante de tal tema, alegando que o texto sagrado diminui o valor da mulher, o que, na realidade é fruto de uma visão rasa e inepta da Palavra de Deus, e me proponho aqui a mostrar o porque em três artigos que publicarei ao longo desta semana (acompanhe!).
É fato que, pelo seu projeto fundamental da família, Deus atribui ao homem o primeiro posto de responsabilidade no lar. O mais conhecido texto sobre o assunto é Ef 5.21-33, mas podemos ver este propósito desde a Criação quando, no episódio da Queda, Deus pede contas primeiramente a Adão, que agora desviado pelo pecado, tenta fugir à posição que Deus lhe instituiu, transferindo a culpa para o próprio Deus e para sua esposa: "a mulher que Tu me deste" (Gn 3.9-12). Essa hierarquia é, então, reafirmada por Deus de forma mais rígida, mesmo em tom de castigo, pois é da natureza corrompida desviar-se da vontade divina, e o que antes era natural agora deveria ser obedecido como mandamento, ao qual a carne faria oposição (Gn 3.16,17).
Mas pensar que Deus anulou as qualidades e capacidades femininas por essa submissão é um erro por falta de conhecimento. O próprio texto de Efésios exorta o marido a tratar a esposa com amor - o elo perfeito de Deus -, e não a ideia humana do amor, mas o sublime amor de Cristo por sua Igreja, no qual não há orgulho, arrogância ou negligência, mas humildade e sacrifício diligente; inclusive, o texto ainda pontua que ambos são uma só carne, e, portanto, o marido deve amar a esposa como a si mesmo, o que exclui qualquer egoísmo em detrimento de sua mulher.
Desta forma, o propósito do Senhor jamais foi, como acreditam alguns, condenar a mulher, que é também excelência da sua criação e sua imagem e semelhança (Gn 1.27), a um domínio cruel, mas estabelecer a relação harmônica e benéfica entre homem e mulher para a glória de Deus, que só é possível pelo pleno conhecimento da Salvação em Cristo Jesus e pela ação do Espírito Santo em ambos.
Continuemos celebrando a graça de Deus sobre a vida das mulheres ao longo desta semana. Acompanhe!
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