É maravilhoso receber de Deus algo pelo que oramos, e muitas vezes também é difícil receber seus “nãos”. É natural sentir alguma frustração de início, quando recebemos uma resposta negativa, mas antes de dizer que Deus não está ouvindo nossas orações, precisamos pensar se nós mesmos estamos atentos ao que pedimos.
Não devemos orar ao Senhor de forma leviana, pois o que colocamos diante dele em oração é um compromisso. Por exemplo: se você ora pela saúde de sua família, como poderia frequentar aglomerações e não usar máscara? Se pede sucesso no trabalho e estudos, como pode procrastinar nas horas de atividade?
Quando somos negligentes com o que pedimos, agimos contra os propósitos de Deus e sabotamos nossa própria espiritualidade. Essa postura só pode levar à destruição, portanto, é necessário refletir sobre o próprio comportamento para identificar atitudes de autossabotagem.
Não apague o Espírito (1Ts 5.19)
A primeira atitude que devemos corrigir é a falta de renúncia. Fomos chamados para viver segundo o Espírito, e não pela carne, sabendo que ambos são inimigos eternos (Rm 8.5-8). Não faz sentido esperar que Deus abençoe uma conduta avessa aos seus mandamentos.
Não endureça o coração
O próprio Espírito de Deus acusa ao nosso coração o pecado e a necessidade de arrependimento. Se, contudo, ignoramos seu chamado, agimos contra o propósito de Deus em nossas vidas (Hb 3.12-15). Não pense, porém, que "endurecer o coração" é sempre uma atitude consciente e ativa; pois muitas vezes ocorre uma "rebeldia passiva", onde sentimos que não somos os cristãos que deveríamos ser, mas também não somos tão "pecadores" assim. Este estado semiconsciente conduz a uma zona de conforto perigosa.
Confie!
É normal sentir insegurança em meio às dificuldades, e o Senhor nos compreende e encoraja nesta hora, como fez com Gideão, quando o enviou contra os mididanitas (Jz 6.36-40/ Jz 7.9-15). Mas há uma grande diferença entre fraquejar em circunstâncias específicas e sustentar uma desconfiança que desafia o poder de Deus, colocando-o à prova arrogantemente (Tg 1.5-8). Se em nosso coração descremos de seu poder, como podemos contar com sua intervenção (Hb 11.6)?
Procure compreender a vontade de Deus (Ef 5.17)
Isso implica diretamente crescer em conhecimento bíblico. A Bíblia diz que temos o que pedimos de Deus se o pedimos conforme a sua vontade (1Jo 5.14), logo, se não buscamos conhecer a autorrevelação de sua vontade, não podemos obter sucesso, além do que a falta de conhecimento da Palavra de Deus conduz à destruição (Os 4.6)!
Viva a Palavra
Por fim, lembre-se que decorar a Bíblia sem aplicá-la não tem nenhuma serventia (Tg 1.22-25). O propósito da Escritura é prático, e não filosófico, e a vontade de Deus não é um saber teórico (2Tm 3.16-17). Não faz sentido cobrar Deus de agir em seu favor, com base em sua Palavra, se não correspondemos à fé que confessamos; antes, é necessário exercê-la e frutificar no Espírito (2Pe 1.5-8).
Lembre-se: você é o único responsável por sabotar sua espiritualidade. Vigie!
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