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Mostrando postagens de fevereiro, 2020

Inconformados com o pluralismo: todos os pontos de vista têm o mesmo valor?

Foto de pinterest.com Em termos sociais, vivemos um tempo em que o discurso maior é o respeito às diferenças em qualquer circunstância. Esta mensagem se apresenta de diversas formas ao nosso redor, nas mídias, na educação, na política etc. É claro que nem sempre um discurso supostamente tão imparcial é tomado de forma tão abrangente e livre: em muitas situações, ele é usado em defesa de uma ideologia em detrimento - e até mesmo ataque - de outras. É natural que em uma sociedade multifacetada que propõe a convivência pacífica entre ideais tão diferentes haja conflito, pois as pessoas são diferentes não apenas na opinião que defendem, mas também na forma como a defendem. Mas entre todos os grupos sociais onde este tema necessita ser discutido, a igreja é onde ele é mais indispensável. Em primeiro lugar, é essencial falar sobre as visões que se tem no meio eclesiástico sobre o tema: uma vez que atualmente o discurso de respeito às diferenças têm sido visto com muita ênfase em defe...

Estudo Bíblico: A Presença de Jesus no Antigo Testamento

Foto de Pixabay Para entender a Bíblia como um todo, precisamos  compreender primeiro o seu propósito: ela não foi escrita para fins  científicos (pois revela informações que a ciência humana jamais alcançaria por si só),  literários (pois, principalmente no N.T., prioriza a essência da mensagem, e não o estilo) e nem filosóficos (pois,  a exemplo da questão do sofrimento, de forma geral, está mais focada em oferecer  orientações práticas de como lidar com ele do que em filosofar sobre sua origem e razões). A Bíblia é um livro com propósito prático para a Salvação , e essa Salvação se dá  unicamente por meio de Jesus Cristo ( 2Tm 3.15-16 ). Por isso, toda a Palavra  fala sobre Jesus, desde o Antigo Testamento, na Lei , nos Profetas e nas Escrituras ( Lc  24.44 ). CRISTO NA LEI: A Lei é a divisão do Antigo Testamento que corresponde de Gênesis a  Deuteronômio. Nela já era anunciado que o Messias viria como homem, seria judeu...

Estudo Bíblico: Guia da história de Israel

Foto de  Oladimeji Ajegbile  no  Pexels Nos estudos que dirijo na Escola Dominical sempre enfatizo a importância de se aprofundar no contexto dos acontecimentos para entender a mensagem bíblica de forma mais completa. Hoje temos uma grande variedade de materiais que nos permitem compreender a história e cultura dos tempos bíblicos e, assim, ter uma visão clara da narrativa como um todo. Para facilitar o estudo da classe, montei este pequeno guia dos livros históricos em relação aos períodos da história de Israel e os temas por eles abordados. Bons estudos! Guia para estudos dos livros históricos: A origem do Povo de Israel (Patriarcas): Gênesis (cap.12-50); Da escravidão no Egito à libertação: Êxodo  (até o cap. 15) ; O período no deserto até a Terra Prometida:   Êxodo  (a partir do cap. 16) ; Levítico, Números (até o cap. 21); Chegada à Canaã: Números ( a partir do cap. 22 ), Deuteronômio; Conquista da Terra prometida:...

Estudo Bíblico: A restauração de Jerusalém

Foto de  Haley Black  no  Pexels Depois de anos mantendo Israel em cativeiro, em 539 a.C a Babilônia foi dominada pelo Império Persa do rei Ciro* (2 Cr  36.22-23). Diferente dos antigos Assírios, que impunham aos povos conquistados a adoração a  seus deuses e se orgulhavam de “subjugar” os deuses de seus súditos, Ciro, o Persa, tinha uma  política mais respeitosa com relação aos deuses estrangeiros, chegando mesmo a adotar a  adoração a eles, como se vê em Dn 6.26-27. Assim, por ordem de Deus, ele promoveu um  decreto para repatriar o povo judeu, permitindo-lhe voltar a Judá e reconstruir Jerusalém. Vale ressaltar que essa atitude magnânima em relação à religião alheia não era senão uma estratégia política do governo medo-persa, na intenção de promover o rei como sendo escolhido, aprovado pela divindade dos povos subjugados (ao invés de um conquistador tirano), o que favorecia sua aceitação como governante por tais povos. A reconstrução...

Estudo Bíblico: O cativeiro na Babilônia

Foto de  Miguel Á. Padriñán  no  Pexels A Assíria, pelas mãos de Salmaneser, tomou Israel - o reino do norte - do rei Oséias,  dando início ao cativeiro assírio em 722 a.C. ( 2Rs 17.1-23 ). Ela era a maior potência do Oriente  Médio na época, até que, em 612 a.C. (isto é, 110 anos depois), sua capital Nínive foi derrubada  pela Babilônia, que tomou seu lugar e tornou-se a potência maior. Apenas 15 anos depois, em  597 a.C., a Babilônia toma Jerusalém, marcando o fim do reino de Judá e o início do cativeiro  babilônico pelas mãos de Nabucodonosor ( 2 Cr 36.15-23 ). Jerusalém foi completamente destruída  em tudo que a ligava a seu passado com o Deus da Aliança em 586 a.C: tanto os palácios como o  Templo de Salomão foram saqueados e incendiados, as muralhas foram destruídas e o povo  sobrevivente foi escravizado. Conforme a palavra do profeta Jeremias ( Jr 29.4-14 ), o reinado da Babilônia duraria 70  anos*, tempo em qu...

Estudo Bíblico: Depois de Atos

Foto de  Porapak Apichodilok  no  Pexels Os registros do livro de Atos terminam com o apóstolo Paulo preso em Roma, após  ser falsamente acusado pelos judeus em Jerusalém de distorcer a Lei e profanar o templo;  no entanto, as informações fornecidas em suas cartas nos permitem compreender que ele  foi solto e prosseguiu com suas viagens por mais um ou dois anos. Neste meio tempo, ele orientava as igrejas plantadas no ministério com a ajuda de  seus companheiros, a exemplo de Tito, que foi encarregado de pastorear a igreja em Creta  (Tt 1.5), e Timóteo, que ficou ministrando em Éfeso (1Tm 1.3). Vemos em seus escritos  suas passagens pela Macedônia, Nicópolis (Tt 3.12) e, finalmente, sua intenção de chegar à  Espanha (Rm 15.28), do que não se tem confirmação. O que se sabe é que em algum  momento ele foi preso novamente, talvez em Trôade (2Tm 4.13), e levado para Roma;  desta vez, não em uma residência, mas provavelmente em...

Estudo Bíblico: O período Intertestamentário

Foto de  Luis Quintero  no  Pexels Depois dos registros de Malaquias e Neemias , o relato do Antigo Testamento é  fechado e inicia-se o Novo Testamento com o nascimento de Jesus em nossas Bíblias.  Mas, entre estes dois momentos, houve uma passagem de tempo de 400 anos, onde não  houve “voz de profecia”, ou seja, Deus não falou com o povo por meio de profetas como  costumava fazer, nem houve livro bíblico inspirado por Ele nesta época. Mas o que aconteceu aos Judeus neste tempo de preparação, então? Para começar  a entender, veremos o livro de Daniel . No capítulo 2.31-44 , o rei Nabucodonosor tem um  sonho que é assertivamente interpretado por Daniel como uma visão da sucessão do  Império Babilônico pelo Medo-Persa , depois pelo Grego e, finalmente, pelo Romano . Os  persas foram os últimos a serem registrados no A.T., e permitiram a libertação religiosa (não  política) dos judeus em 539 a.C. A partir daí, entramos n...

Reforma

Quantas vezes você já viu alguém usar uma “frase de Facebook” ou um ditado popular como se fosse versículo bíblico só porque parece “coisa de Deus”? Ou “jargões eclesiásticos” fora de contexto para justificar suas ações (“não julgueis, a salvação é individual!”)? Acontece que essa confusão vem muito antes do Facebook e das igrejas como conhecemos. Você já conhece a história de Israel, o rebelde povo que recebeu de Deus um passaporte para uma experiência relacional única: A promessa de libertação, redenção, prosperidade, proteção, invulnerabilidade militar e todos os benefícios mais que o relacionamento direto com o Pai pode oferecer, condicionada unicamente à sua fidelidade a Ele. Contudo, o povo falhou diversas vezes: Israel desagradava a Deus repetidamente, fazendo o pior que podia, cada vez mais oposto ao que a Lei de Moisés determinava. O rei Manassés de Judá chegou mesmo a implantar no reino já prostituído por idolatrias, feitiçarias e casamentos mistos, o sacrifício humano - e ...